[Resenha] Lua Vermelha

''O mundo inteiro se reduz à questão de quem bate em quem com mais força.''


Esqueça tudo o que você já leu sobre lobos. Esse livro é totalmente diferente de tudo o que eu pensava sobre eles. E não estou falando de simples lobisomens, e sim de Licanos.

''Lua Vermelha'' conta a história de um mundo onde duas espécies racionais tentam coexistir. De um lado, os seres humanos, e do outro, os Licanos, que são seres que possuem príons (uma espécie de proteína defeituosa) que afeta o sistema do organismo e faz do corpo um hospedeiro, criando assim as pessoas que conseguem virar feras. 

Existem Licanos que vivem nos EUA, porém são controlados por um remédio que funciona como uma espécie de droga. Alguns Licanos vivem em uma República chamada ''República Licana'', que é um lugar com potencial para criação de usinas nucleares, o que cria o interesse dos EUA, e acaba criando uma relação de interesse: enquanto os EUA aproveitam das usinas, eles oferecem proteção aos Licanos. Na república, os Licanos também têm que tomar esse remédio, porém, existe um grupo que não gosta desse tratamento, como se ele fossem inferiores, como se fossem ''animais de estimação'', então, esse grupo de Licanos acaba criando a ''Resistência''. E nesse momento, começam os problemas, os ataques, e só mostra o que todos já viam: a fragilidade dessa relação humanos x licanos e a resistência da aceitação do diferente, mesmo que não seja mal. (Não completamente)



O livro é possui foco em 3 personagens principais e como convivem com esse novo mundo:

- Claire: Uma menina Licana que tenta levar uma vida normal nos EUA, mas com uma ocorrência familiar, acaba percebendo que sua família esconde mais do que ela sabe.
- Patrick: O menino-milagre. Considerado assim após sobreviver a um ataque da resistência. 100% humano. Logo percebe que o mundo é bem diferente do que ele pensa.
- Chase: Um homem que candidata-se a presidente e defende a ideia de algumas restrições aos Licanos. Até que ele percebe que pimenta nos olhos dos outros, é refresco.

O livro é rico em detalhes, e muitas vezes cansativo. Tanto que demorei quase um mês para terminar de ler. Parece que cada detalhe vai fazer diferença. Cada ataque que ocorre no livro é super detalhado, e isso foi um ponto positivo no livro. Ajuda na imaginação. 

Tem capítulos do livro que contam história independentes. Falam sobre outras pessoas que não são o foco, mas que de alguma forma influenciam em algo no enredo central. Ah, o que eu mais gostei foi o da Alice. Fiquem centrados na história, porque o final desse ''conto'' foi ótimo.

Nem eu esperava dar 4 estrelas para esse livro, já que como disse, o livro em muitas partes estava me entediando. Mas, quando chega um pouco mais da metade, a história dá uma guinada que faz com que você não queira largar o livro. E esse final? Gritou por uma continuação. Ainda mais que ficam umas perguntas sem resposta, e pode ser que isso faça umas pessoas não gostarem do final. 

Benjamim Percy fez um bom trabalho, e espero de verdade que venha um próximo livro por aí. 

'Tirando o vírus, nenhum outro organismo parece tão ávido para destruir tudo o que encontra pelo caminho.'

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